A Saga de Gael

 


A Saga de Gael tem início em nossa própria realidade, mas de acordo com alguns cronistas, os eventos de algumas realidades paralelas e quânticas influem diretamente nos eventos que aconteceram posteriormente a todo o tecido de nossa realidade.

Para outros que ainda possuíam uma visão tomada pela antiga religiosidade e outras crenças, estes eventos poderiam estar ligados à uma explicação religiosa simplista o que não se confirmou em nenhuma de suas facetas.

Poucos que mantiveram suas mentes fora da ilusória realidade fabricada pelas mídias e o envenenamento psicológico do dia a dia, conseguiram antever em pequenos flashes o que viria a se seguir. Mesmo assim, nada nos prepararia para os eventos que estavam chegando, aliás, estar vivo para testemunhar estes eventos se provaria ser um verdadeiro privilégio.


Entre estas testemunhas surge Gael, também protagonista e cronista dos eventos que posteriormente passaram a ser conhecidos como Misentropia* , a nova realidade que se fez presente em Terra Nova ( como ficou batizado nosso planeta então).

Comparado ao pandemônio que se seguiu na verdade, o começo foi um evento quase imperceptível, a  parcela que pôde ser testemunhada foi considerada pela maioria como um evento causado, premeditado por algum partido, sociedade secretas, uma religião, algum conglomerado industrial; como já era costume, as pessoas preferiram ignorar, naquele tempo enquanto o problema não invadisse a porta de seus lares, elas não se envolviam, sua fria comodidade cobrou um alto preço.

A Humanidade já experimentava os estertores de sua existência como até então era conhecida Poluição, Violência, Superpopulação, desinformação, Terrorismo e naqueles tempos em níveis somatizados, o escritor A.Mapeli observou que era impossível a humanidade imaginar uma Distopia pois a mesma já vivia confortavelmente em uma, há décadas...


O Início do horror final se deu com a Pandemia de 2020 que assolou o mundo de forma surpreendente e como era de se imaginar o que já eram tempos difíceis se tornaram ainda mais obscuros devido à ação humana, algo ainda mais obscuro se aproximava no horizonte. Os anos se passaram e as curas eram apenas provisórias. Novas formas do vírus ainda mais violentas dizimaram 3/4 da população mundial.

E então houve o evento que mais tarde foi chamado de Misentropia*


O Desafio Visual da Saga de Gael


Nunca antes na história humana se percebeu um limite tão próximo do fim quanto nosso atual quadro de eventos, o que se intensificou após a terrível pandemia desencadeada em 2020. Essa nova realidade foi decisiva para a criação da Saga de Gael.

Não apenas na Saga de Gael mas nesta nova fase de meus quadrinhos eu me permiti deixar transparecer meus estudos sobre a simbologia universal ( visto de como nossa história tem se escasseado de significado e hoje não produzimos mais símbolos, mas distorções de sentido) entenda símbolo não apenas como seu significado figurativo como cruzes e avatares mas como o sentido e representação da essência das coisas, num trabalho de busca deste sentido universal assim como o fizeram Mario Roso de Luna, Joseph J. Campbell, Mircea Eliade, Karl Jung e tantos outros Gigantes que tanto contribuíram com sua pesquisa para a humanidade. Minha busca num nível um tanto mais humilde, claro, vai por esta mesma senda.

Falando-se da arte em si, dentro das pesquisas que desenvolvi nos últimos anos busquei fazer representações que fugissem e quebrassem algumas regras dos quadrinhos tradicionais, tanto na arte em si como no roteiro e trama, nas representações e diálogo enfim, sobretudo fugindo de suas expressões mais usuais e comerciais.

Estudos que aliás, eu sempre busquei desde meados dos anos 80 quando eu e um grupo de artistas criamos os chamados Quadrinhos Poético Filosóficos, nós que buscávamos novas formas de expressar, de significar e de contar histórias num cenário também já àquela época também esgotando-se de significado.

Parafraseando a tradição oriental, A Saga de Gael é meu Tao, meu caminho e minhas impressões de nosso mundo vistas sem o seu véu ilusório.

                                                                                                                                            Edu Manzano